Os
antigos filósofos gregos tinham Ideias características a respeito
da natureza do mundo em que vivemos. Tales
(cerca de 636 anos A. C.) acreditava que cada coisa, incluindo o sol, a lua, as
estrelas, a terra, as árvores, as flores, os
animais, as aves e os seres humanos que habitam a terra,
provieram, originalmente, de uma única e mesma substância: a água.
Anaxímenes, dizia que tudo era feito de ar. A vida, explicava êle, é ar.
Lançado pelas narinas, formou o coração, os pulmões, os músculos, o sangue e
todas as outras partes do corpo. O ar se condensou para formar o vapor. O vapor
solidificou-se para formar a água. A água condensou-se para formar lodo, areia
e rochas. E assim por diante, por toda a escala da criação.
Outros filósofos acreditavam que
o fogo era a substância criadora de
todas as coisas. O sol era puro fogo. As estrelas eram centelhas brotadas do
sol na infinita fogueira dos céus. A terra era fogo resfriado em rochedos. As
flores eram pedaços de chama colorida, com a forma de leves e fragrantes
pétalas. E o homem um punhado de cinzas, ardendo na chama da vida, graças ao
benigno calor do sol.
Os antigos gregos eram grandes
poetas, mas não eram cientistas. Eram as crianças ainda não amadurecidas da
espécie humana. O pensamento duma criança é imaginativo. Para se tornar científico
necessita de um intelecto amadurecido. Quando o pensamento grego começou a
desenvolver-se, as teorias dos filósofos tornaram-se menos especulativas e mais
analíticas. Principiaram a raciocinar, em vez de fazer conjecturas. Seu
raciocínio era ainda rude e suas conclusões muitas vezes espantosas. "Nada
há tão absurdo, escrevia Cícero, que se não encontre nos livros dos
filósofos". Não obstante foram eles gradualmente traçando os seus
caminhos. Nas suas cegas apalpadelas, dirigiam-se instintivamente para a luz.
Para eterna glória de Atenas, foi que um de seus antigos filósofos, Demócrito,
descobriu a teoria atômica 2.400 anos antes de nossa era atual.
Os antigos filósofos gregos,
cujo legado até hoje é incontestável nos âmbitos das ciências humanas e das
exatas, foram os primeiros a tentarem explicações científicas para questões
relacionadas à Astronomia. Infelizmente, porém, a filosofia grega jogou a
civilização humana em algumas posições absurdas, como o Geocentrismo.A maior
parte das primeiras civilizações achava que Terra era o centro do Universo, mas
essa teoria ficou ligada ao astrônomo grego Ptolomeu. Seu livro mais importante,
o "Almagesto", ditava as regras para o cálculo do movimento de
objetos celestes.
Para tentar explicar o movimento
retrógrado de alguns planetas, Ptolomeu sugeriu que suas órbitas descreviam uma
série complexa de epiciclos (órbitas complexas e de trajetória absurda).
Os principais
filósofos gregos a se preocuparem com estas questões foram, pela ordem de
nascimento:
Filósofo da Grécia antiga, destacou-se por procurar construir seus
conceitos a partir de constatações das realidades do mundo observável, tendo
deixado também contribuições propriamente científicas. Os antigos gregos, a
partir de Aristóteles, acreditavam que todas as coisas eram compostas a partir
de quatro elementos: a Terra, o Fogo, a Água e o Ar. E haveria um quinto
elemento, do qual seriam compostas as estrelas.
O astrônomo grego Aristarco foi o primeira a propor que a Terra gira em
torno do Sol e em volta de si mesma. Seu modelo heliocêntrico do Universo tinha
o Sol estacionário no centro, cercado por planetas que se moviam em órbitas
circulares contra um fundo de estrelas fixas e distantes.
O único trabalho conhecido de Aristarco é "Sobre o Tamanho e as
Distâncias do Sol e da Lua", um registro de suas tentativas de medir esses
tamanhos e distâncias, evidentemente sem nenhuma precisão. Seus cálculos se
baseavam na Geometria e nas sombras produzidas num eclipse. Aristarco percebeu
que o Sol era muito maior do que a Terra, e a partir daí deduziu que o Sol
estava no centro do Universo. A maioria dos gregos não aceitou as ideias de
Aristarco, que foram ignoradas.
Por incrível que pareça, o "Almagesto" de Ptolomeu dominaria o
estudo da astronomia dos próximos 1.500 anos, com sua visão geocetrista.
A pessoa que destruiu definitivamente a ideia da terra plana, ainda em
voga, foi o matemático grego Eratóstenes, que mediu com precisão o tamanho da
Terra. Ele constatou que ao meio-dia do dia do solstício de verão o Sol ficava
a prumo sobre um poço profundo situado em Siena, no Egito. Eratóstenes mediu o
ângulo com o qual o Sol passava no mesmo dia sobre Alexandria e chegou ao
resultado de 7,2 graus, cerca da qüinquagésima parte do arco do círculo. Como
sabia que a distância entre Siena e Alexandria era de 790 km, Eratóstenes
multiplicou 50 por 790 e chegou ao número de 39.770 km para a circunferência da
Terra, bem próximo do real (cerca de 40.000 km).
Considerando-se a precisão dos instrumentos disponíveis há 2.200 anos,
este resultado pode ser considerado surpreendente.
A grande descoberta do astrônomo grego Hiparco foi a trajetória do Sol
no céu. Observando a estrela Spica, na constelação da Virgem, ele descobriu a
precessão dos equinócios (um deslocamento aparente das estrelas ao longo de um
período de 25.800 anos, causado pelo movimento da Terra sobre o seu
eixo).>/p>
Hiparco calculou o ano solar em 365 dias e 6 horas, com uma
impressionante diferença de apenas sete minutos em relação ao tempo real (365
dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos) e o período lunar em 29 dias, 12
horas, 44 minutos e 2,5 segundos (na realidade, 29 dias, 12 horas e 18
minutos). Isso tornou possível prever os eclipses da Lua com margem inferior a
uma hora.
Também calculou as distâncias entre a Terra e o Sol e a Terra e a Lua.
Foi o autor do primeiro catálogo de estrelas (com um total de 850 itens),
concluído em 129 a.C., que ainda era usado 1.800 anos mais tarde. Neste
catálogo as estrelas são classificadas por um sistema que é a base da atual escala
de magnitude aparente.
Claudius Ptolemaeus foi um filósofo e matemático grego que contaminou a
astronomia durante um milênio e meio após a sua morte. O termo "universo
ptolomaico" descreve sua visão do Universo, com a Terra no centro,
amplamente aceita até o século XVII e imposta pela famigerada Inquisição da
Igreja Católica.
Ptolomeu expandiu o trabalho de astrônomos da antigüidade como Hiparco
com uma coleção de 13 livros, dos quais o mais importante é o
"Almagesto".
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